Agência
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 15h26.
Última atualização em 12 de agosto de 2025 às 15h31.
Nesta terça-feira, 12, a Universidade de Ciência e Tecnologia da China anunciou que uma equipe de pesquisadores, liderada pelo acadêmico Pan Jianwei, o professor Lu Chaoyang e Zhong Hansen, do Centro de Ciência Quântica de Xangai, quebrou o recorde mundial na construção de matrizes atômicas.
Utilizando inteligência artificial, eles conseguiram montar matrizes bidimensionais e tridimensionais com até 2.024 átomos, sem defeitos, em apenas 60 milissegundos — um feito que representa um avanço crucial para a computação quântica em larga escala.
O sistema de átomos neutros, utilizado para a computação quântica, oferece maior precisão, flexibilidade e escalabilidade, permitindo melhores conexões entre os átomos.
A técnica emprega pinças ópticas para manipular os átomos, organizando-os de maneira precisa para realizar operações quânticas.
Este método supera os desafios dos sistemas tradicionais, que enfrentam limitações de velocidade e precisão à medida que o número de átomos aumenta, dificultando a criação de matrizes maiores.
A inovação apresentada pela equipe de pesquisa usa inteligência artificial para controlar, em tempo real, os moduladores ópticos e ajustar a posição das pinças, permitindo a reorganização simultânea de todos os átomos.
Com essa tecnologia, conseguiram formar matrizes sem falhas, tanto 2D quanto 3D, em um tempo fixo de 60 milissegundos, mesmo com o aumento do número de átomos. Esse avanço abre novas possibilidades para a criação de matrizes de ainda maior escala no futuro.
O sistema alcançado pela pesquisa possui alta precisão nas operações quânticas, comparável aos melhores laboratórios do mundo, incluindo o da Universidade Harvard, criando uma base sólida para o desenvolvimento de computadores quânticos universais mais confiáveis e eficientes.
Especialistas que revisaram o estudo destacam que essa descoberta é um marco na eficiência e aplicabilidade da física quântica, com o potencial de atrair grande interesse da comunidade científica que investe em matrizes atômicas.