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Cibercrime custa R$ 16 bi por ano no Brasil, diz Symantec

Estudo da Symantec aponta que dois terços dos adultos com acesso à internet no mundo já foram vítimas de algum crime digital


	Os criminosos têm explorado redes sociais e dispositivos móveis para surpreender as vítimas
 (Stock.Xchange)

Os criminosos têm explorado redes sociais e dispositivos móveis para surpreender as vítimas (Stock.Xchange)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 11h44.

São Paulo — O Brasil é, empatado com a Índia, o terceiro país que mais perde com crimes digitais, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Essa é uma das conclusões do estudo Norton Cybercrime Report 2012, da Symantec. Nas contas da empresa, o país perde 16 bilhões de reais por ano com crimes digitais.

A pesquisa teve a participação de 13 mil adultos com acesso à internet em 24 países. A Symantec diz que as perdas somam 220 bilhões de reais nesses países, que é o valor que os americanos gastam anualmente com fast food. A empresa estima que 556 milhões de pessoas são vítimas de crimes digitais por ano, o que equivale a 18 ocorrências por segundo. 42% delas são casos de fraude; e, 17%, de roubo de informações. Cada ataque geraria um prejuízo médio de quase 400 reais.

Empresas de segurança costumam produzir relatórios como esse para amedrontar os usuários e convencê-los a comprar seus produtos. Mas a Symantec enfatiza que as principais falhas que viabilizam os crimes são de comportamento. O estudo aponta que as pessoas estão mais conscientes das ameaças tradicionais, como os vírus.

89% delas apagam mensagens suspeitas de remetentes desconhecidos. 83% têm pelo menos um antivírus básico no computador. E 78% evitam abrir arquivos anexos ou clicar em links incluídos em mensagens de origem desconhecida. Mas os criminosos têm explorado dispositivos móveis e redes sociais para surpreender as vítimas.


A Symantec vê riscos nas vulnerabilidades dos dispositivos móveis, que dobraram de 2010 para 2011. Outra chance para os criminosos está nas redes Wi-Fi desprotegidas, usadas por dois terços dos participantes da pesquisa.

Dados pessoais enviados por e-mail – uma forma de comunicação notoriamente insegura – também criam oportunidades para o crime. E há o eterno problema das senhas fáceis de adivinhar, que 40% das pessoas admitem usar. Apesar de os especialistas alertarem, há muitos anos, que as senhas devem ser complexas e precisam ser trocadas periodicamente, muitos ainda adotam uma palavra simples para acesso a sites da web.

Veja, na apresentação abaixo, as principais conclusões do estudo (em inglês):

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