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Como se prevenir contra o ataque hacker que se espalha pelo mundo

Ataques foram registrados ao redor do mundo nesta sexta-feira. Saiba como se proteger da ameaça virtual WannaCry

Notebook: saiba como se proteger contra o ataque hacker desta sexta-feira (Reprodução/Thinkstock)

Notebook: saiba como se proteger contra o ataque hacker desta sexta-feira (Reprodução/Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 12 de maio de 2017 às 17h46.

Última atualização em 12 de maio de 2017 às 17h52.

São Paulo -- Desde a manhã desta sexta-feira (12), casos de ataque hacker estão sendo registrados ao redor do mundo. A Europa foi, de longe, o local mais afetado, mas não o único. Pesquisadores da russa Kaspersky estimam que 45 mil ataques em mais de 70 países foram bloqueados pelas suas soluções de segurança digital.

O vírus, chamado de WannaCry, explora uma vulnerabilidade do Windows por parte dos hackers. Em março deste ano, no entanto, a Microsoft soltou uma atualização de segurança que impedia que este ataque fosse possível. Mas o que deu errado?

"O WannaCry explorou as empresas que não atualizaram o seu Windows e, agora, essas mesmas estão sendo vítimas do ataque", afirmou a EXAME.com Fernando Mercês, pesquisador sênior da empresa de segurança virtual Trend Micro.

Cleber Brandão, gerente do laboratório de inteligência da Blockbit, uma empresa de cibersegurança, recomenda que os usuários atualizem imediatamente o Windows--seja ele um usuário doméstico ou de empresas. A solução apresentada por Mercês é a mesma.

Brandão alerta para a possibilidade de que criminosos se aproveitem deste momento para ataques secundários. Ele ressalta que não se deve confiar em atualizações oferecidas por alguém que não seja a Microsoft por meio do Windows. O usuário não deve acreditar em anúncios na internet, tampouco em mensagens e links que eventualmente cheguem por e-mail.

O ataque desta sexta-feira é do tipo ransomware. Nele, o computador é "sequestrado" e fica inutilizado. Os criminosos pedem um pagamento como forma de resgate para devolver o comando da máquina ao usuário. A média de cobrança de hoje foi de 500 dólares. O pagamento é cobrado em bitcoins, uma moeda virtual difícil de ser rastreada.

No Brasil, alguns sites, como do INSS e do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram retirados do ar de forma preventiva. Nenhum ataque em larga escala foi registrado por aqui.

Na Espanha, a Telefónica foi uma das empresas mais afetadas. No Reino Unido, o sistema de saúde público também foi alvo da ameaça.

Um mapa criado pela Intel mostra os ataques do WannaCry ao redor do mundo ao vivo.

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