Redatora
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 06h22.
A Perplexity AI anunciou nesta quinta-feira, 2, que o navegador Comet, equipado com inteligência artificial, passa a estar disponível gratuitamente em todo o mundo. O produto foi projetado para funcionar como um assistente pessoal digital, permitindo pesquisar na web, organizar abas, redigir e-mails, realizar compras e executar outras tarefas.
O Comet havia sido lançado em julho como recurso exclusivo para assinantes do plano Perplexity Max, que custava US$ 200 por mês. Segundo a empresa, a lista de espera chegou a milhões de usuários antes da decisão de liberar o serviço para o público geral.
A estratégia da Perplexity ocorre em meio à disputa com empresas como Google, OpenAI e Anthropic, que também têm investido em navegadores com inteligência artificial. O Google lançou recentemente o Gemini integrado ao Chrome, enquanto a OpenAI apresentou o Operator, e a Anthropic revelou um agente de IA em agosto.
Além do Comet, a startup - avaliada em cerca de US$ 20 bilhões - mantém seu mecanismo de busca com inteligência artificial, que oferece respostas diretas acompanhadas de links para fontes originais.
Após críticas relacionadas ao uso de conteúdo jornalístico sem autorização, a empresa criou em 2024 um modelo de compartilhamento de receita com editoras, na qual CNN, The Washington Post, Condé Nast, Le Monde, Le Figaro e outros veículos já firmaram parceria.
ois dos maiores grupos de mídia do Japão, Nikkei e Asahi Shimbun, entraram com um processo contra o motor de busca com inteligência artificial Perplexity, alegando violação de direitos autorais. As empresas pedem indenização de ¥2,2 bilhões (cerca de US$ 15 milhões) cada uma e exigem que seus artigos sejam excluídos dos servidores da startup.
Movida em Tóquio, a ação faz parte de uma crescente onda de medidas legais contra empresas de IA que utilizam conteúdo de jornais sem autorização. O grupo Nikkei, que também é proprietário do Financial Times, e o Asahi Shimbun alegam que a Perplexity copiou e armazenou artigos de seus sites sem permissão, além de ter ignorado medidas técnicas contra o acesso não autorizado.