Tecnologia

Em 15 dias, Cantareira perde quase 10% do volume morto

Quinze dias após o início do bombeamento inédito do volume morto dos reservatórios, o Sistema Cantareira já perdeu 17,5 bilhões de litros de água.

cantareira (Divulgação)

cantareira (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2014 às 15h10.

Quinze dias após o início do bombeamento inédito do volume morto dos reservatórios, o Sistema Cantareira já perdeu 17,5 bilhões de litros de água. A quantidade equivale a 9,6% dos 182,5 bilhões de litros que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende retirar da reserva profunda do manancial para manter o abastecimento da Grande São Paulo.

O déficit representa uma queda de 1,7 ponto porcentual no nível do Cantareira em duas semanas. Ontem (30), o manancial estava com 25% da capacidade, de acordo com a Sabesp, já considerando o volume morto. A medição aponta que os cinco reservatórios que compõem o manancial têm, juntos, uma reserva de 245,2 bilhões de litros de água.

Segundo a Sabesp, esse volume será suficiente para manter o abastecimento de água na Grande São Paulo até o "início das próximas chuvas", em outubro. Hoje, o Cantareira ainda fornece água para cerca de 7,2 milhões de pessoas na Região Metropolitana, além de mais de 5 milhões de pessoas na região de Campinas.

Abastecimento. Em visita a Brodowski, no interior paulista, na manhã de ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o Sistema Cantareira já deixou de abastecer 1,6 milhão de pessoas, com a reversão de água de outros sistemas, como Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Claro e Rio Grande. Segundo Alckmin, esse número vai chegar a 2,1 milhões até setembro.

De acordo com o governador, a intenção é poupar o sistema. "A seca foi muito intensa na região de Bragantina e em Minas Gerais, que é de onde vêm as águas do Cantareira. Foi muito localizada a seca e muito intensa", disse Alckmin.

Ele afirmou que 87% da população da Região Metropolitana de São Paulo economizou água até agora, o que ele atribui à campanha de economia e ao desconto oferecido na conta. "Fomos o único governo que falou: ‘olha, faça economia, ajude com o uso racional da água, que você ganha um prêmio de 30% a menos na conta’."

O governo do Estado também quer criar uma multa para quem aumentar o consumo de água na Região Metropolitana de São Paulo. A medida, de acordo com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, ainda não tem data para entrar em vigor. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisÁguaMeio ambienteSão Paulo capitalINFO

Mais de Tecnologia

Adobe compra plataforma de marketing digital Semrush por US$ 1,9 bilhão

Cão-robô da Boston Dynamics já atua em mais de 60 forças policiais no mundo

China busca autossuficiência em tecnologia com Huawei no centro

Europa enfrenta entraves para ampliar produção de chips com apoio da TSMC