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Escolhas difíceis? Antes de decidir, Elon Musk consulta o X — literalmente

Bilionário usa enquetes no X, sua própria rede social, para guiar decisões sobre produtos, políticas e negócios

Elon Musk: bilionário consulta redes sociais antes de tomar decisões. (Montagem EXAME/ /Wikimedia Commons)

Elon Musk: bilionário consulta redes sociais antes de tomar decisões. (Montagem EXAME/ /Wikimedia Commons)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 7 de julho de 2025 às 10h58.

Última atualização em 7 de julho de 2025 às 11h28.

"O Dia da Independência é o momento perfeito para perguntar se você quer independência do sistema bipartidário (alguns diriam unipartidário)! Deveríamos criar o Partido América?".

Essa foi a pergunta feita por Elon Musk em uma enquete no X (antigo Twitter). Nela, Musk indagou aos seus seguidores se deveria ou não lançar um partido político (que foi lançado e se chama "Partido América").

O bilionário, dono da rede social X, tem um hábito um tanto quanto inusitado antes da tomada de grandes decisões sobre sua fortuna e destino de suas empresas: perguntar a opinião dos usuários do X.

O destino de ações da Tesla

A Tesla, uma das empresas do bilionário com o valor de mercado estimado em torno de US$ 1 trilhão, também entrou em uma das enquetes lançadas por Musk na rede.

Em novembro de 2021, ele resolveu perguntar na rede social se deveria ou não vender 10% das ações da empresa. A pesquisa recebeu mais de 3 milhões de votos sendo 57% deles a favor da venda.

Então, cinco dias depois, em 10 de novembro de 2021, a Tesla afirmou em um documento à SEC que Musk vendeu cerca de US$ 1,1 bilhão em ações da Tesla.

"Muito se fala ultimamente sobre ganhos não realizados serem uma forma de sonegação fiscal, então proponho vender 10% das minhas ações da Tesla. Você apoia isso?" escreveu Musk.

'As consequências desta enquete serão importantes. Por favor, vote com atenção'

Em 2022, Elon Musk resolveu comprar o X, antes de tomar a decisão, o bilionário mais uma vez sondou os usuários da rede sobre o que achavam do app. Mas, isso aconteceu enquanto o bilionário já estava adquirindo ações da empresa de forma discreta desde o início do ano.

"A liberdade de expressão é essencial para o funcionamento de uma democracia. Você acredita que o Twitter segue rigorosamente esse princípio?"

A pesquisa recebeu mais de 2 milhões de votos, sendo mais de 70% deles dizendo que a plataforma não aderiu ao princípio.

Reintegração de Donald Trump ao X

Depois de adquirir o Twitter, Musk realizou uma enquete sobre a reintegração do presidente Donald Trump à plataforma, banido após os eventos de janeiro de 2021.

Mais de 15 milhões de usuários participaram, com cerca de 52% votando pela volta de Trump. Musk seguiu o resultado, afirmando Vox Populi, Vox Dei ("A voz do povo é a voz de Deus").

Decisões nem tão difíceis assim: renúncia ao cargo de CEO do Twitter

Em dezembro de 2022, Musk perguntou aos usuários se deveria renunciar ao cargo de CEO do X. A enquete teve mais de 17,5 milhões de votos, com 57,5% apoiando sua saída.

Musk afirmou que deixaria o cargo assim que encontrasse um substituto, mantendo-se responsável pelas áreas de software e servidores. Pouco depois de adquirir a plataforma, ele demitiu mais da metade dos funcionários da empresa.

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