Tecnologia

Facebook adota medidas para reduzir violência contra mulher

A empresa reconheceu nesta terça-feira sua falta de supervisão sobre conteúdos que promovem a violência contra a mulher na rede social


	Facebook: a companhia admitiu que seus "sistemas para identificar e eliminar mensagens de ódio não funcionaram como deveriam", em particular "no que se refere à violência de gênero"
 (REUTERS/Dado Ruvic)

Facebook: a companhia admitiu que seus "sistemas para identificar e eliminar mensagens de ódio não funcionaram como deveriam", em particular "no que se refere à violência de gênero" (REUTERS/Dado Ruvic)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 07h46.

Los Angeles - O escritório da empresa Facebook, situado na Califórnia, reconheceu nesta terça-feira sua falta de supervisão sobre conteúdos que promovem a violência contra a mulher na rede social e prometeu soluções em resposta a um boicote publicitário promovido por grupos feministas.

Em um texto publicado em sua página Facebook Safety, a companhia admitiu que seus "sistemas para identificar e eliminar mensagens de ódio não funcionaram como deveriam", em particular "no que se refere à violência de gênero".

"Em alguns casos, o conteúdo não é eliminado tão rápido como queremos. Em outros, o conteúdo que deveria ser eliminado não foi ou foi avaliado com critérios defasados", indicou a vice-presidente de Política Pública Global do Facebook, Marne Levine.

O Facebook ratificou sua vontade de continuar fomentando a liberdade de expressão em sua rede social, embora tenha reconhecido que deve prestar mais atenção nas publicações de seus mais de 1 bilhão de usuários. "Necessitamos melhorar e faremos", completou Marne.

A decisão de Facebook veio à tona depois que no último dia 21 de maio várias dezenas de associações feministas, como a The Everyday Sexism Project e Women, Action & The Media, enviassem à direção da rede social uma carta aberta cobrando medidas mais severas em relação aos comportamentos agressivos contra a mulher.


A carta em questão, inclusive, anunciava uma campanha para conscientizar os anunciantes a deixarem de fazer publicidade no Facebook até que a equipe de Mark Zuckerberg apresentasse uma resposta a mesma.

No total, aproximadamente 15 companhias assinaram o boicote ao Facebook, algumas de grande porte, como a Nissan no Reino Unido.

As organizações se queixavam que Facebook alojava páginas como "estuprar com violência sua amiga só para rir", "estuprar a sua namorada e muitas, muitas mais", assim como fotografias de mulheres sendo golpeadas, feridas, drogadas e sangrando.

"Proibimos o conteúdo considerado prejudicial de forma direta, mas permitimos as declarações ofensivas ou controversas", esclareceu a vice-presidente de Política Pública Global do Facebook, que apontou que o Facebook também é taxativo com o "discurso do ódio", no qual se inclui o da violência de gênero.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetMulheresRedes sociais

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony