Tecnologia

Google pode enfrentar mais de US$ 13 bilhões em ações civis na Europa

Do lado do Google, a empresa nega que qualquer uma das ações civis europeias tenha mérito, deixando claro que o display de anúncios introduzido em 2017 para sites de comparação de preços funcionou bem

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 13 de maio de 2025 às 17h27.

O Google, da Alphabet Inc. pode estar enfrentando pelo menos € 12 bilhões (US$ 13,3 bilhões) em reivindicações por danos de dezenas de sites de comparação de preços na União Europeia, que alegam que o gigante das buscas e publicidade roubou seus clientes.

Os dados são de uma análise realizada pela Bloomberg, divulgada nesta terça-feira, 13. Segundo a apuração, existem 12 processos civis em andamento em sete países da Europa e, apesar de nem todos os tribunais e partes envolvidas estivessem dispostos a revelar o montante total, o valor de nove das reivindicações ultrapassa € 12 bilhões.

Os processos em questão estão ligados a uma decisão de 2017 da Comissão Europeia de multar o Google em € 2,4 bilhões por usar ilegalmente seu domínio nas buscas para dar vantagem ao seu próprio serviço de compras.

O movimento destravou diversas rodadas de "follow-on", que foram adiados por anos, enquanto o Google apelava. Entretanto, em 2024, um tribunal confirmou que a companhia violou as leis antitruste, o que dispensou a precisão dos autores da ação na UE provassem isso em tribunal.

Entre os casos mais avançados estão ações bilionárias em Londres, Amsterdã, Hamburgo, Berlim, Estocolmo e Varsóvia, incluindo pedidos de indenização de empresas como Kelkoo, Idealo, Pricerunner, Ceneo, Compare Group, KuantoKusta e Trovaprezzi.

Do lado do Google, a empresa nega que qualquer uma das ações civis europeias tenha mérito, deixando claro que o display de anúncios introduzido em 2017 para sites de comparação de preços funcionou bem.

Segundo uma fonte ouvida pela Bloomberg, o Google não faz distinção entre seu próprio serviço de compras e os concorrentes, destacando que, atualmente, mais de 1.550 sites de comparação de preços na Europa utilizam o sistema, ante apenas sete em 2017.

“Discordamos veementemente dessas ações judiciais, movidas por empresas que buscam pagamentos em vez de investir em seus próprios produtos”, disse um porta-voz do Google.

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