Tecnologia

Hackers justificam ataques à MasterCard e à Justiça sueca

Grupo chamado "Anonymous" reivindicou autoria dos ataques e disse atuar em defesa da liberdade de expressão e do WikiLeaks

O ataque dos hackers foi um protesto contra a prisão de Julian Assange (Joe Raedle/Getty Images)

O ataque dos hackers foi um protesto contra a prisão de Julian Assange (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 14h35.

Londres - Um membro do grupo de hackers "Anonymous" afirma que atacaram o site do MasterCard e da Justiça da Suécia em represália às ações contra o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange.

Em declarações à "BBC", o integrante do grupo "Anonymous" justificou os ciberataques contra a Promotoria sueca pelo fato de este ter pedido ao Reino Unido a extradição de Assange.

Sobre a multinacional americana de cartões de crédito, o integrante do grupo Anonymous disse à emissora britânica que estão fazendo "muitas ações" contra as empresas que deixaram de colaborar com o Wikileaks.

"Os sites que estão cedendo às pressões dos Governos se transformaram em alvos", afirmou o hacker.

"Como organização, sempre mantivemos uma postura firme no tema da censura e liberdade de expressão e enfrentamos os que tratam de destruí-la por qualquer método", acrescentou o membro do "Anonymous".

"Acreditamos que o Wikileaks supera o simples vazamento de documentos. Se transformou em um campo de batalha: as pessoas contra o Governo", explicou o hacker, que se identificou pelo nome de Coldblood (em inglês: sangue frio).

"A ideia não é apagar do mapa esses sites, mas advertir às companhias que isso significa que aumentará também o custo de tramitar na rede", afirmou.

Segundo analistas em segurança, o site da MasterCard sofreu um ataque consistente ao inundá-la com muitas solicitações até o ponto de "cair".

O acesso ao site é possível de modo intermitente e a partir de diferentes países.

"Anonymous" atacou ainda a Promotoria sueca, de onde partiu a ordem europeia de detenção contra Julian Assange por supostos delitos sexuais, assim como o banco suíço PostFinance.ch, que encerrou a conta bancária do Wikileaks.

Acompanhe tudo sobre:HackersMasterCardsetor-de-cartoesWikiLeaks

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony