Ainda não está claro se a ByteDance planeja criar versões específicas para os EUA de outros apps, como o Lemon8, inspira no Instagram, ou o Gauth, voltado para a educação (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)
Redator
Publicado em 8 de julho de 2025 às 10h47.
Além do TikTok, usuários norte-americanos do aplicativo de edição de vídeo CapCut, também propriedade da gigante chinesa ByteDance, podem precisar baixar uma versão específica do app, chamada “CapCut US”. Documentos obtidos pelo Business Insider indicam que essa mudança visa atender à nova legislação dos EUA, que exige a venda ou a cessação das operações de ativos no país.
Com essa decisão, a ByteDance sugere estar se distanciando ainda mais do país norte-americano, que há anos, tanto em administrações republicanas quanto em democratas, vem impondo tarifas e restrições ao setor tecnológico chinês.
Enquanto usuários, influenciadores e anunciantes tentam salvar o TikTok nos EUA, o CapCut também se tornou uma ferramenta essencial para criadores profissionais e usuários regulares que buscam templates de vídeos virais e recursos de edição. Com mais de 1 bilhão de downloads na Google Play Store, o app é atualmente o mais popular da categoria na App Store dos EUA, superando, por exemplo, Instagram e YouTube.
Ainda não está claro se a ByteDance planeja criar versões específicas para os EUA de outros aplicativos, como o Lemon8, inspirado no Instagram, ou o Gauth, voltado para a educação, todos sujeitos às mesmas exigências de desinvestimento que o TikTok e o CapCut.
Com a operação do TikTok nos Estados Unidos prorrogada pela terceira vez, agora até 17 de setembro, a ByteDance trabalha em uma nova versão do app voltada especialmente para o público norte-americano, com lançamento previsto para 5 de setembro – 12 dias antes do prazo final. Esse movimento facilitaria a venda das operações nos EUA para um grupo de investidores do país, atendendo às exigências do governo.
Donald Trump já anunciou ter encontrado um comprador para o TikTok nos EUA e também que começarias as negociações com a China, mas sem revelar detalhes sobre o valor ou os nomes dos interessados. Entre os nomes cogitados estão Oracle, Microsoft, Amazon, Blackstone e alguns bilionários dos EUA.