Tecnologia

Microsoft anuncia demissão de 3% dos funcionários; ações caem 0,18%

Gigante da tecnologia teve lucro de US$ 25,8 bilhões no último trimestre, mas segue com ajustes em sua estrutura global

Satya Nadella: CEO Microsoft em evento da Microsoft na cidade de São Paulo. (Leandro Fonseca/Exame)

Satya Nadella: CEO Microsoft em evento da Microsoft na cidade de São Paulo. (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de maio de 2025 às 12h05.

Última atualização em 13 de maio de 2025 às 12h05.

A Microsoft anunciou nesta terça-feira, 13, a demissão de cerca de 3% de sua força de trabalho global, o equivalente a aproximadamente 6.800 pessoas, com base nos números mais recentes de empregados da companhia. As dispensas afetam todos os níveis, equipes e regiões onde a empresa atua.

A medida acontece mesmo após a empresa registrar um trimestre de forte desempenho, com US$ 25,8 bilhões de lucro líquido e projeções otimistas divulgadas no fim de abril. Em comunicado à emissora CNBC, a Microsoft afirmou que segue realizando “mudanças organizacionais necessárias para se posicionar da melhor forma em um mercado dinâmico”.

Com cerca de 228 mil funcionários até junho, esta é a maior reestruturação desde janeiro de 2023, quando a companhia eliminou 10 mil cargos. À época, o foco era ajustar operações diante de um cenário econômico mais incerto. Em janeiro deste ano, a empresa havia promovido uma rodada menor de cortes, vinculada ao desempenho individual. A nova onda, segundo a Microsoft, não tem relação com performance.

A decisão, segundo um porta-voz, tem entre os objetivos a redução de camadas gerenciais, sinalizando um esforço de enxugamento estrutural.

Ganhos com IA contrastam com cortes

A movimentação da Microsoft ocorre em meio à transição estratégica acelerada rumo à inteligência artificial. Em janeiro, o CEO Satya Nadella já havia indicado que mudanças na execução de vendas impactariam o crescimento da Azure, plataforma de computação em nuvem da empresa, especialmente nas áreas fora de IA.

“Em momentos de mudança de plataforma, é preciso ajustar incentivos e ir ao mercado de maneira diferente”, disse Nadella na ocasião, reforçando a priorização de novos modelos e parcerias ligadas à IA.

Apesar dos cortes, as ações da Microsoft seguem em alta. Os papéis fecharam na segunda-feira a US$ 449,26, maior valor do ano até agora. O recorde anterior havia sido registrado em julho do ano passado, a US$ 467,56.

A notícia chega dias após a CrowdStrike, empresa de segurança cibernética, anunciar corte de 5% em seu quadro de funcionários, sinalizando um novo ciclo de ajustes no setor de tecnologia mesmo diante de resultados financeiros robustos.

Acompanhe tudo sobre:Microsoft

Mais de Tecnologia

Google muda logotipo do 'G' após quase 10 anos

Nem o luxo escapa: Dior revela vazamento de dados pessoais de clientes

United aposenta 'modo avião' com teste de Wi-Fi da Starlink usando avião da Embraer

Cofundador do OnlyFans lança plataforma rival de conteúdo adulto