Tecnologia

Microsoft mantém estratégia na nuvem e cresce acima do esperado no 3º tri

A companhia de Redmond divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre do ano nesta terça-feira

Microsoft: empresa comandada por Satya Nadella aposta no mercado de computação em nuvem para manter crescimento (Justin Sullivan/Getty Images)

Microsoft: empresa comandada por Satya Nadella aposta no mercado de computação em nuvem para manter crescimento (Justin Sullivan/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 17h20.

Última atualização em 27 de outubro de 2020 às 19h13.

A Microsoft divulgou nesta terça-feira (27) os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano. O balanço, que corresponde ao primeiro trimestre fiscal de 2021 da companhia, mostra que a empresa teve um crescimento saudável no trimestre, terminando o período com a receita de 37,2 bilhões de dólares. Quer acompanhar as principais notícias do mercado com análises de qualidade? Assine a newsletter de EXAME Research.

Com o resultado, a Microsoft obteve um crescimento de 12% desde o último ano. O lucro também cresceu. O resultado líquido da companhia ficou em 13,9 bilhões de dólares para o período, alta de 30% em relação ao mesmo trimestre de 2019. O lucro por ação no trimestre foi de 1,82 dólar por papel.

De acordo com o demonstrativo financeiro, a maior parte do faturamento da Microsoft veio do setor de computação em nuvem, que cresceu 20% e foi responsável por uma fatia de 13 bilhões de dólares. O setor de computação pessoal respondeu por 11,8 bilhões de dólares, alta de 6%, enquanto outros negócios gerenciados pela Microsoft somaram receita de 12,3 bilhões de dólares, 11% a mais do que em 2019.

Os resultados estão acima do que os analistas de Wall Street esperavam. A Bloomberg estimava que a gigante de Redmond fecharia o trimestre com alta de 8% no faturamento bruto, o que corresponderia a uma receita final de 35,7 bilhões. O lucro por ação ficaria em torno de 1,55 dólar por papel.

Se no começo do dia o mercado estava receoso, houve uma mudança de percepção ao longo do dia. A Microsoft terminou o pregão desta terça-feira com alta de quase 1,5% em suas ações listadas na Nasdaq. A empresa está avaliada em 1,6 trilhão de dólares. Desde o começo do ano, valorização das ações já é de 35%.

A companhia teve um trimestre agitado. No setor de games, a empresa anunciou a compra do estúdio Bethesda por 7,5 bilhões de dólares, acirrou a disputa contra a Sony ao lançar um novo videogame no mercado. E ainda opinou em relação a uma disputa de outra big tech contra o jogo Fortnite.

Em outros negócios, a Microsoft anunciou que passaria a investir em 5G com a Azure, sua plataforma de computação em nuvem. A chegada da empresa no mercado de internet móvel de quinta geração pode ser um golpe duro para rivais do setor, principalmente para a Huawei, que enfrenta o litígio do governo americano. E isso pode impactar até o Brasil.

Houve também rumores de que a companhia poderia adquirir o controle do TikTok, aplicativo que é um fenômeno em 2020 e que ganhou antipatia do governo americano por ter sido desenvolvido por uma empresa chinesa. O serviço ficou nas mãos de uma rival da Microsoft, a Oracle em um plano que deve beneficiar a rede varejista Walmart.

Acompanhe tudo sobre:BalançosMicrosoft

Mais de Tecnologia

JD.com intensifica investimentos em inteligência incorporada com novas startups

Com reforma tributária, Serpro se prepara para processar 800 bilhões de operações por ano

Apple prepara iPhone dobrável e acende esperança em mercado que deve encolher 4%

Empolgação com robotáxis é precoce, dizem analistas do HSBC