Para esse formato, os custos de produção variam entre US$ 100 mil e US$ 250 mil por série, muito abaixo de um único episódio convencional de TV (ReelShort/Reprodução)
Redator
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 11h25.
Com episódios curtos de cerca de um minuto e tramas inspiradas em novelas, os minidramas filmados na vertical vêm se consolidando como alternativa ao modelo tradicional de streaming.
Plataformas como ReelShort, DramaBox e NetShort já somam dezenas de milhões de usuários ativos mensais e alcançam visualizações superiores a produções de grandes estúdios.
O modelo aposta em títulos sensacionalistas, como Pregnant by My Ex’s Professor Dad e Secret Surrogate to the Mafia King, que combinam drama intenso, personagens caricatos e relações marcadas por exageros e tensão sexual.
As histórias são pensadas para consumo rápido e divididas em episódios curtos, em formato vertical — o mesmo usado por redes sociais como TikTok.
Um exemplo é How to Tame a Silver Fox, assistido 356 milhões de vezes, segundo a produtora ReelShort — quase quatro vezes mais do que a segunda temporada de The Last of Us, da HBO Max, que teve cerca de 90 milhões de espectadores.
Apesar de produção e atuação consideradas “básicas” por críticos, a demanda é alta: muitos pagam até US$ 20 por semana para acessar bibliotecas de minidramas, enquanto uma assinatura sem anúncios da Netflix sairia mais barato, por US$ 17,99 mensais (no Brasil, o plano padrão sem publicidade sai por R$ 44,90).O sucesso do modelo vertical se sustenta no consumo rápido e na repetição de fórmulas bem-sucedidas. Roteiros são frequentemente adaptados de produções chinesas ou coreanas e ajustados para o público ocidental.
Clipes chocantes de divulgação no TikTok ou Facebook estimulam o download dos aplicativos. Alguns apps verticais, como ReelShort, NetShort e DramaBox, já registram dezenas de milhões de usuários ativos mensais — números que superam várias plataformas tradicionais de streaming.
Para esse formato, os custos de produção variam entre US$ 100 mil e US$ 250 mil por série, muito abaixo de um único episódio convencional de TV, que pode custar milhões de dólares, mas suficientes para gerar receitas significativas quando uma produção faz sucesso.
Nesse cenário, além de audiovisuais gerados por inteligência artificial, produtores e atores apontam que a verticalização do conteúdo pode transformar a indústria. No futuro, fãs como Fierobe esperam ver histórias mais elaboradas e diversificadas, mesmo que continuem sendo assistidas em telas pequenas. Afinal, a necessidade de escapar da rotina após um dia longo de trabalho dificilmente mudará em breve.