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Motoristas precisam corrigir carros com “piloto automático” a cada 9 minutos, diz estudo

Testes em Los Angeles mostram que 85% das situações exigiram intervenção humana, mesmo com assistentes avançados de direção

Durante o estudo, 85% dos eventos exigiram a ação do motorista para corrigir falhas ou limitações dos sistemas (Getty Images)

Durante o estudo, 85% dos eventos exigiram a ação do motorista para corrigir falhas ou limitações dos sistemas (Getty Images)

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 11h23.

Em Los Angeles, uma pesquisa recente da American Automobile Association (AAA) avaliou cinco sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) não especificados em condições de tráfego intenso, com foco na necessidade de intervenção do condutor. O estudo cobriu 550 km, buscando entender como os sistemas destinados a engarrafamentos se comportam na prática.

Conhecidos como traffic jam assist (assistente de engarrafamento), esses sistemas são projetados para lidar com tráfego de parada e arranque em rodovias de acesso restrito, com o objetivo de manter a direção em velocidades baixas e desativar automaticamente ao atingir cerca de 64 km/h.

O assistente de engarrafamento é classificado como um sistema "nível 2", no qual o motorista ainda é responsável por manter a atenção na condução. Existem versões mais avançados, conhecidas como "nível 3", que permitem ao motorista se desconectar totalmente da tarefa, mas que não foram o foco do estudo.

A pesquisa revelou que, em média, os motoristas precisaram intervir a cada 9,1 minutos (ou 5,15 km) para garantir a segurança. Isso significa que, apesar da presença das tecnologias, 85% dos eventos exigiram a ação do condutor para corrigir falhas ou limitações dos sistemas.

Entre as principais causas para a necessidade de intervenção, estão o corte de faixas por outros veículos, que ocorreu a cada 24,4 minutos, com 90% dos casos exigindo que o motorista interviesse. Problemas de centralização da faixa, que aconteceram a cada 32,2 minutos, também precisaram de intervenção em 72% dos casos.

Outras situações incluíram falhas ao retomar o movimento após uma parada, com 71 ocorrências e todas exigindo ação do motorista. Em 57 ocasiões, o sistema de permanência na faixa ou o controle de cruzeiro adaptativo foram desativados e, em 43 casos, o carro não desacelerou adequadamente, com 70% dessas situações exigindo que o motorista pressionasse os freios.

Comparação entre dois tipos de ADAS

Além disso, o estudo comparou dois tipos de sistemas ADAS: aqueles que exigem que o motorista mantenha as mãos no volante e os "mãos-livres", que permitem ao condutor se afastar um pouco da direção.

A pesquisa mostrou que os sistemas "mãos-livres" tiveram uma taxa de intervenção menor, com os motoristas precisando agir a cada 20,1 minutos, enquanto os sistemas que exigem as mãos no volante necessitaram de intervenção a cada 6,7 minutos.

Embora os sistemas ADAS visem aumentar a segurança e o conforto, a AAA ressaltou que eles não substituem a necessidade de atenção total do motorista, especialmente em condições de tráfego pesado. A associação também recomendou que os motoristas ajustem a distância de seguimento e permaneçam alertas, mesmo ao usar esses sistemas.

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