Atualmente, a Neuralink afirma que cinco pacientes com paralisia severa utilizam seu dispositivo para controlar ferramentas digitais e físicas com seus pensamentos (Getty Images)
Redator
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 09h55.
A Neuralink, empresa de implantes cerebrais fundada por Elon Musk, anunciou nesta quinta-feira, 31, o início de um estudo clínico no Reino Unido. O objetivo é testar como seus chips podem permitir que pacientes com paralisia severa controlem ferramentas digitais e físicas com a mente.
Em um post no X, também de propriedade de Musk, a Neuralink revelou que a pesquisa será realizada em parceria com as seis instituições ligadas ao University College London Hospitals e as três do Newcastle Hospitals. Pacientes com paralisia causada por lesões na medula espinhal ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) são elegíveis para participar.
Testes de seus implantes cerebrais em humanos foram iniciados em 2024, após a Neuralink resolver preocupações de segurança apontadas pela Food and Drug Administration (FDA) – equivalente à Anvisa nos EUA –, que levaram à rejeição inicial do pedido de aprovação pela agência em 2022.
Atualmente, a empresa afirma que cinco pacientes com paralisia severa utilizam seu dispositivo para controlar ferramentas digitais e físicas com seus pensamentos. Embora mais voluntários estejam recebendo os implantes cerebrais, há avaliação, por exemplo do MIT Technology Review, de que o produto ainda não está pronto para ser comercializado.
Na última rodada de financiamento, a Neuralink levantou US$ 650 milhões em investimentos. Fundada em 2016, a empresa já arrecadou um total de US$ 1,3 bilhões e está avaliada em torno de US$ 9 bilhões, segundo dados da PitchBook.
Apesar disso, ela representa apenas uma pequena parte do império de Elon Musk, que inclui empresas como xAI, SpaceX e Tesla, esta última perto de US$ 1 trilhão.