A meta da Nintendo é ambiciosa: vender 15 milhões de unidades até março de 2026 (Reprodução)
Repórter
Publicado em 30 de junho de 2025 às 17h18.
Última atualização em 30 de junho de 2025 às 17h24.
A Nintendo decidiu retirar seus produtos do site da Amazon nos Estados Unidos após um impasse envolvendo vendas paralelas e controle de preços, deixando o gigante do e-commerce de fora do lançamento do Switch 2 — considerado o maior lançamento de console da história. A empresa vendeu mais de 3,5 milhões de unidades em apenas quatro dias. É a melhor estreia da história da empresa para um novo console, superando com folga os 2,7 milhões vendidos no primeiro mês do Switch original, lançado em 2017.
A meta da Nintendo é ambiciosa: vender 15 milhões de unidades até março de 2026. Analistas acreditam que, se a empresa conseguir aumentar a produção, esse número pode ser ainda maior. Em cidades como Tóquio e São Francisco, fãs passaram horas em filas para garantir o novo aparelho, considerado um dos lançamentos mais aguardados do ano.
Segundo a Bloomberg, a fabricante japonesa suspendeu as vendas diretas na Amazon ao identificar que revendedores terceirizados estavam oferecendo jogos e consoles a preços inferiores aos sugeridos oficialmente. Esses produtos eram adquiridos em larga escala no Sudeste Asiático e revendidos no mercado americano, prática que a Nintendo considera prejudicial à sua política de precificação global.
Essa ruptura entre os players começou a se desenhar no ano passado, quando listagens oficiais da Nintendo começaram a desaparecer do marketplace americano. Até então, os produtos apareciam como “Vendido pela Amazon”, sinal de que a varejista comprava diretamente da marca. Após o corte, apenas lojistas independentes continuaram oferecendo itens da Nintendo, sem qualquer vínculo direto com a empresa.
A Amazon tentou manter a parceria propondo o uso de etiquetas de autenticidade — um recurso que visa garantir a procedência dos produtos e reforçar a confiança do consumidor. No entanto, a medida foi considerada insuficiente pela Nintendo, que optou por encerrar as vendas diretas na plataforma nos EUA.
O lançamento do Switch 2, ocorrido neste mês, foi amplamente adotado por redes como Walmart, Target, Best Buy e GameStop, que colocaram o console em destaque em suas lojas físicas e online. A ausência da Amazon no lançamento gerou frustração entre consumidores americanos, que recorreram às redes sociais para questionar a indisponibilidade do produto na maior varejista online do mundo.
Curiosamente, a Amazon continua vendendo o Switch 2 em outros mercados, como Canadá, Japão e Reino Unido — o que reforça que a decisão é localizada e estratégica. Os Estados Unidos, no entanto, representam cerca de dois terços das vendas globais da Amazon, o que torna a exclusão ainda mais significativa.