Steve Jobs (Wikimedia Commons)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 19 de julho de 2025 às 07h59.
Criar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo exige não apenas talento e visão, mas também uma rotina estratégica que equilibre disciplina, foco e momentos de autocuidado. Steve Jobs, cofundador da Apple, exemplificava essa combinação em seu dia a dia, adotando hábitos que potencializavam sua criatividade e produtividade.
Jobs costumava acordar cedo, por volta das 6 horas da manhã, e aproveitava as primeiras horas do dia para trabalhar com concentração antes mesmo que sua família despertasse.
Ele valorizava esse período para organizar prioridades e responder e-mails, atividade que representava uma parte significativa de sua rotina profissional.
Ao final da tarde, por volta das 17h30, Steve Jobs chegava em casa para jantar com a esposa Laurene Powell e seus filhos, momento que considerava essencial para se desconectar do trabalho e fortalecer os vínculos familiares.
A alimentação da família era saudável, baseada em alimentos orgânicos e vegetais, muitos cultivados no próprio jardim da casa, refletindo o cuidado que Jobs tinha com o corpo e a mente. Após o jantar, ele tomava um chá de ervas frescas, como capim-limão ou verbena, reconhecidos por suas propriedades calmantes e digestivas, ajudando a promover o relaxamento e preparar o sono.
Um dos hábitos mais marcantes de Steve Jobs era a prática diária de caminhadas, especialmente após o jantar, quando caminhava cerca de 10 minutos ao lado da esposa.
Essa rotina, influenciada por suas viagens à Ásia e sua ligação com o Zen Budismo, não era apenas um momento de descanso físico, mas uma importante ferramenta para estimular a criatividade e a reflexão profunda.
Segundo seu biógrafo Walter Isaacson, muitas ideias revolucionárias da Apple nasceram durante essas caminhadas, que também serviam para discussões criativas com sua equipe. A neurociência moderna confirma que caminhar aumenta a atividade cerebral, melhora a clareza mental e a capacidade de resolver problemas, corroborando a intuição de Jobs.
Além disso, Jobs evitava reuniões longas e improdutivas, preferindo resolver questões enquanto caminhava, o que ajudava a manter sua mente afiada e inovadora. Essa “regra dos 10 minutos” para se levantar e caminhar diante de um impasse era uma estratégia para ganhar nova perspectiva e encontrar soluções criativas.
A rotina dele equilibrava trabalho intenso com autocuidado, demonstrando a importância que ele dava ao bem-estar físico e mental para sustentar sua genialidade. Ele também dedicava parte da tarde para visitar o laboratório de Design Industrial da Apple, onde interagia diretamente com a equipe liderada por Jony Ive, acompanhando o desenvolvimento dos protótipos e influenciando o design dos produtos que se tornariam ícones globais.
A Apple foi criada em 1º de abril de 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, na garagem da família Jobs, em Los Altos, Califórnia. O objetivo inicial era comercializar o Apple I, um computador pessoal desenvolvido por Wozniak.
Para financiar o projeto, Jobs vendeu sua Kombi e Wozniak, sua calculadora programável. Ronald Wayne, que ajudou a estruturar a empresa, vendeu sua participação pouco tempo depois.
O primeiro grande investidor foi Mike Markkula, que aportou capital e experiência para o crescimento inicial da Apple. Rapidamente, a empresa se destacou pela inovação tecnológica e design diferenciado, tornando-se uma referência mundial no setor.
Atualmente, em julho de 2025, a Apple é a terceira empresa mais valiosa do mundo, com valor de mercado estimado em US$ 3,135 trilhões, consolidando o legado de Jobs como um dos maiores visionários da história da tecnologia.