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Paperspace quer vender computadores completos acessíveis pelo navegador

A ideia é acabar com transtornos provocados por PCs lentos; usuários só precisam criar uma conta e escolher um tipo de computador para logar e usar

paper (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 07h44.

Uma nova startup anunciada nesta terça-feira nos EUA quer mudar a forma como as pessoas usam um computador. Chamada de Paperspace, a companhia apoiada pela Y Combinator pretende vender assinaturas de computadores virtuais compartilháveis, que são acessíveis diretamente pelo navegador, em um sistema que mistura conceitos de Software as a Service (SaaS), nuvem do Windows Azure, VirtualBox e TeamViewer, o programa de acesso remoto.

A ideia é acabar com transtornos provocados por PCs lentos e problemáticos. Usuários só precisam criar uma conta e escolher um tipo de computador para depois fazer login e acessar a área de trabalho pela rede. As máquinas virtuais são partes de um “supercomputador”, segundo o vídeo de divulgação, e nas melhores configurações podem rodar mesmo aplicações pesadas de edição de vídeo e processos exigentes, como renderização de objetos 3D. Para isso, os servidores principais utilizam recursos do Nvidia GRID – para gráficos – e do software de gerenciamento de nuvem Xen, segundo reportagem do Techcrunch.

O serviço pode ser acessado de qualquer navegador instalado em um computador, e exige uma conexão de pelo menos 15 Mbps para rodar com pouca latência.

A empresa ainda assim oferece seu próprio dispositivo, bem mais simples e portátil do que uma máquina tradicional. Batizado de Paperweight – ou, literalmente, “peso de papel” –, o aparelho circular tem apenas entradas HDMI, USB e de energia para ser conectado à tomada, a um monitor e a um conjunto de mouse e teclado. Então, conectado à internet sem fio, ele acessa a rede da Paperspace e o computador ligado à conta de seu usuário, ocupando bem menos espaço do que um PC e fazendo basicamente o mesmo trabalho.

O caminho feito pelo serviço: “Você trabalha em qualquer dispositivo que quiser. Nós capturamos os comandos de teclado + mouse. O servidor faz o trabalho pesado. Nós enviamos a você o stream como se fosse um vídeo.” (Imagem via Techcrunch)

A startup faz questão de salientar que os dados dos usuários são todos cifrados, e a área de trabalho na nuvem fica em data center completamente protegido. Porém, não há muitas outras informações relacionadas à parte de segurança, como o tipo de criptografia utilizado. Ainda assim, é notável certa preocupação com o quesito segurança.

Os planos de assinatura, ainda não totalmente abertos, começam nos 10 dólares, que dão direito à versão mais básica de máquina virtual rodando Windows 7 ou 8 ou Ubuntu – outros sistemas operacionais devem ser oferecidos no futuro. Um Paperweight, que é opcional, sai por outros 50 dólares, e deve começar a ser entregue no final deste ano.

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