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Presidente de Sony rompe silêncio e classifica ciberataque de "impiedoso"

Kazuo Hirai aproveitou sua visita à CES para falar pela primeira vez em público sobre o incidente

kazuo hirai (Getty Images)

kazuo hirai (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 05h19.

O presidente da Sony, Kazuo Hirai, disse nesta terça-feira em Las Vegas (EUA) que o ciberataque atribuído a Coreia do Norte e sofrido pelo estúdio de Hollywood da companhia japonesa foi "impiedoso" e "mesquinho".

Hirai aproveitou sua visita à feira da eletrônica CES, que começa hoje em Las Vegas, para falar pela primeira vez em público sobre o incidente, que gerou uma nova escalada de tensão entre Washington e Pyongyang.

"Tanto os antigos empregados de Sony Pictures Entertainment e certamente os atuais foram infelizmente as vítimas de um dos ciberataques mais impiedosos e mesquinhos da história recente", afirmou o executivo japonês no centro de convenções de Las Vegas.

Hirai agradeceu a todos que levantaram a voz contra o ataque e disse que os autores da ação são "criminosos". O presidente da Sony, no entanto, não fez nenhuma menção à Coreia do Norte.

O ciberataque aconteceu no final de novembro e expôs os dados pessoais de milhares de funcionários e ex-funcionários do estúdio e incluiu um ultimato para que a Sony não estreasse o filme A Entrevista.

O filme é uma comédia que relata um plano para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un.

A Entrevista foi cancelado em um primeiro momento diante do temor de um atentado, mas finalmente a obra foi distribuída e exibida em 580 salas de cinema, a maioria independente, dos Estados Unidos e Canadá.

"A liberdade de expressão e de associação são importantes valores vitais da Sony e de nosso negócio de entretenimento", disse Hirai.

Uma investigação realizada pelo FBI concluiu que o ataque foi orquestrado pela Coreia do Norte. O país asiático, que chegou a qualificar A Entrevista como um ato de guerra, negou qualquer participação no ciberataque.

Na sexta-feira passada, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou a imposição de novas sanções contra Pyongyang em resposta ao ataque contra a Sony. 

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