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Software de espionagem vaza e infecta smartphones

São Paulo – Um software usado para espionagem vazou de uma empresa de segurança e agora está sendo usado para infectar smartphones e tablets. O nome dele é FinFisher, criado e mantido pela empresa inglesa Gamma Group. Segundo pesquisadores da Universidade de Toronto, o código fonte do programa – que é usado por agências de […]

Celulares: no acordo, as operadoras se comprometem também a avisar por SMS que os usuários estão usando a web fora do país (Getty Images)

Celulares: no acordo, as operadoras se comprometem também a avisar por SMS que os usuários estão usando a web fora do país (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2012 às 13h25.

São Paulo – Um software usado para espionagem vazou de uma empresa de segurança e agora está sendo usado para infectar smartphones e tablets. O nome dele é FinFisher, criado e mantido pela empresa inglesa Gamma Group.

Segundo pesquisadores da Universidade de Toronto, o código fonte do programa – que é usado por agências de espionagem governamentais - chegou nas mãos de criminosos virtuais. Eles adaptaram o software para infectar sistemas Android, Windows Phone, Symbian, BlackBerry e iOS e, basicamente, funcionar como uma ferramenta de captura de dados.

Segundo os pesquisadores, o software é capaz de ativar o microfone para gravar conversas de ambiente, usar o GPS para rastrear onde o dono do celular está, copiar e-mail e mensagens de textos. Além disso, ele é capaz interceptar conversas telefônicas. Os dados capturados são enviados via internet para quem infectou o smartphone.

Como o software é avançado, ele usa recursos para criptografar dados e enviá-los ao invasor em qualquer parte do mundo. Por causa do poder de espionagem, o produto da Gamma Group foi alvo do WikiLeaks, que vazou documentos sobre os estragos diplomáticos e comerciais que ele pode fazer.

Segundo os pesquisadores, o software infecta os celulares de duas maneiras: por links maliciosos e mensagens de textos (SMS) que oferecem uma atualização de sistema – que, ao ser executada, instala o código malicioso. Aplicativos baixados da internet – e de fontes não confiáveis – também podem conter o software malicioso.

Como o software pode ganhar inúmeras variantes, as empresas de celulares já trabalham em alternativas para proteger seus clientes. Segundo a Bloomberg, a Microsoft (Windows Phone) e a RIM (BlackBerry) já emitiram alertas para seus clientes. A Apple (iOS) e o Google (Android) ainda não se manifestaram, mas já trabalham em soluções de defesa.

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