Tecnologia

Startup Pier passa a pagar segurados de forma imediata

A startup tem seguros para celular e adota tecnologia como diferencial competitivo no mercado de seguros

Fundadores Lucas Prado; Igor Masacarenhas; e Rafael Oliveira; startup que vende de seguros via internet agora tem reembolso imediato em caso de roubo ou furto de celular (Leandro Fonseca/Exame)

Fundadores Lucas Prado; Igor Masacarenhas; e Rafael Oliveira; startup que vende de seguros via internet agora tem reembolso imediato em caso de roubo ou furto de celular (Leandro Fonseca/Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de maio de 2021 às 11h55.

Última atualização em 14 de maio de 2021 às 14h33.

A seguradora Pier, conhecida por seus seguros para smartphones, passar a contar com pagamento instantâneo a segurados em caso de roubo ou furto. A startup faz parte do grupo de empresas chamadas de insurtech, que adotam a tecnologia para desburocratizar processos e prestar um serviço ágil ao consumidor.

A Pier utiliza recursos de inteligência artificial, especialmente análise de dados e aprendizado de máquina, para viabilizar a análise do caso e a liberação do crédito de forma imediata e automática, em uma transferência bancária via TED.

Chamada Pier Bolt, a novidade é um dos resultados dos 7,45 milhões de reais que a startup vem investindo em engenharia de dados para tornar seu serviço diferenciado no mercado de seguros.

Graças a esse investimento, o sistema pode avaliar sozinho o risco de cada sinistro e liberar o crédito para o segurado de maneira automática. De acordo com a startup, até o fim deste segundo trimestre de 2021, 30% dos clientes que precisarem receber o prêmio do seguro contarão com a alta velocidade do pagamento.

O algoritmo da empresa utiliza mais de 45 mil combinações de dados para validar de forma rápida o sinistro. Além isso, a empresa conta com dados de trajetória de seus 31 mil clientes que utilizam seu aplicativo para smartphones, o que permite a realização da aprovação de pagamento em instantes, enquanto um ser humano poderia levar horas para realizar o mesmo serviço. Desde a sua fundação, em 2018, a empresa já pagou mais de 8,8 milhões de reais em reembolsos e mantém a meta de agilidade de contratação e pagamentos desde a sua criação. Com 100 pessoas no time, sendo 30% da área de tecnologia, a empresa trabalha com modalidade de contratação mensal de seguros e não tem o intermédio de vendedores, tudo é vendido via internet.

Com a rápida liberação de crédito para o segurado, a Pier diz acreditar que está abrindo caminho para uma nova era no setor de seguros.

“A maioria das pessoas não tem seguro e isso é muito triste. Queremos que todos se sintam seguros. Por outro lado, a grande maioria dos segurados têm medo de não receber o dinheiro do seguro contratado. Com o Bolt, buscamos mudar essa realidade”, declara Igor Mascarenhas, cofundador e CEO da Pier, em entrevista para a EXAME.

O modelo de negócio da Pier é diferente do padrão do mercado de seguros e, por isso, funciona em um ambiente regulatório diferente da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Isso viabiliza que a empresa possa realizar pagamentos a segurados rapidamente, não ter carência de contratação ou franquia para resgate de pagamento.

Sem uma grande empresa por trás, como a rival Youse tem a Caixa, a Pier vive de financiamento de venture capital e tem o objetivo final de aumentar a adoção dos seguros no Brasil. “Ampliar o nosso legado é o próximo grande sonho. Quase 11% do PIB dos EUA é de seguros e no Brasil, não apenas 4%. Há uma sub-penetração do produto no mercado brasileiro”, afirmou Mascarenhas.

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