Interação mais natural é especialmente relevante à medida que robôs começam a ser utilizados em ambientes domésticos (OpenMind/Reprodução)
Redator
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 09h50.
A startup OpenMind, com sede no Vale do Silício, de sistema operacional para robôs humanoides, acaba de levantar US$ 20 milhões em investimentos[/grifar]. Fundada em 2024 pelo professor de bioengenharia Jan Liphardt, da Universidade de Stanford, a empresa quer ser para os robôs o que o Android é para celulares: um software aberto, adaptável a qualquer tipo de hardware.
Ao contrário de empresas que desenvolvem peças ou robôs físicos, a OpenMind trabalha “por baixo do capô”, criando uma camada de software chamada OM1. Essa plataforma busca permitir que máquinas interajam com humanos de maneira mais natural, especialmente em ambientes domésticos. Segundo Liphardt, os robôs já realizam tarefas repetitivas há décadas, mas precisam de um novo tipo de sistema para responder a comandos e contextos mais sutis do cotidiano humano.
“O mundo está mudando rapidamente. As máquinas estão começando a interagir com humanos de formas que eu nunca tinha visto antes”, afirmou Liphardt em entrevista ao site TechCrunch. Para ele, a missão da empresa é criar uma colaboração entre humanos e máquinas, e não apenas desenvolver tecnologia de forma isolada.
Nesta segunda, 4, a OpenMind anunciou um novo protocolo chamado FABRIC, que permite a robôs compartilhar contexto, verificar identidade e trocar informações entre si. A lógica é simples: enquanto humanos precisam aprender com experiência direta, robôs podem absorver novos dados de forma instantânea e compartilhada, acelerando exponencialmente seu aprendizado coletivo.
Liphardt deu como exemplo o aprendizado de idiomas. “Se um robô aprender a falar francês, ele pode imediatamente ensinar outro robô, sem que precisemos treinar todos um por um”, afirmou.
A empresa planeja colocar sua tecnologia no mercado já em setembro de 2025, com uma frota inicial de dez robôs quadrúpedes equipados com o sistema OM1. O objetivo é testar como esses robôs se comportam no cotidiano das pessoas e colher feedbacks.
O aporte de US$ 20 milhões foi liderado pela Pantera Capital e contou com a participação da Ribbit Capital, Coinbase Ventures e Pebblebed, além de investidores-anjo estratégicos. A meta agora é expandir a base de testes, entender os usos mais relevantes da tecnologia e, com isso, ajustar o produto de maneira mais precisa.