A plataforma usa uma combinação de sistemas automatizados e moderadores humanos para moderação de conteúdo. Atualmente, mais de 85% do conteúdo que viola as regras da plataforma já é identificado e removido automaticamente por algoritmos. A empresa afirma que a automação aumenta a rapidez e a eficácia na detecção de postagens que vão contra as diretrizes.
A mudança acontece em meio à entrada em vigor do Online Safety Act, lei britânica que impõe às plataformas digitais a remoção rápida de conteúdos ilegais, a implementação de verificações de idade e medidas de proteção contra riscos digitais. O descumprimento pode gerar multas de até 18 milhões de libras ou 10% da receita global, além de outras sanções aplicadas pela Ofcom, órgão regulador responsável pela fiscalização.
"Estamos continuando uma reorganização que começamos no ano passado para fortalecer nosso modelo global de operação para moderação, o que inclui concentrar nossas operações em poucos locais globalmente", disse o TikTok à BBC.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a medida afeta parte dos aproximadamente 2.500 funcionários da empresa no Reino Unido. O plano prevê a redistribuição de funções para centros regionais, como Lisboa e Dublin, além da contratação de fornecedores terceirizados.
O TikTok vem melhorando seu desempenho nas operações europeias. A receita da companhia na região cresceu 38%, alcançando US$ 6,3 bilhões de dólares, enquanto o prejuízo líquido, antes de impostos, caiu de US$ 1,4 bilhão para US$ 485 milhões de dólares.