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TikTok prepara app só para usuários americanos para evitar ser banido nos EUA

Nova versão do app chega às lojas em 5 de setembro; usuários terão até março de 2026 para migrar

TikTok: empresa corre para vender operação americana e evitar bloqueio (Montagem EXAME)

TikTok: empresa corre para vender operação americana e evitar bloqueio (Montagem EXAME)

Publicado em 7 de julho de 2025 às 09h18.

O TikTok prepara uma nova versão de seu aplicativo, voltada exclusivamente para o público dos Estados Unidos, com lançamento previsto para 5 de setembro, segundo apuração da The Information, confirmada pela Reuters.

A medida ocorre em meio ao processo de venda forçada da operação americana da empresa chinesa ByteDance a um grupo de investidores locais, exigência legal imposta pelo Congresso e ratificada pela Suprema Corte dos EUA.

Usuários norte-americanos poderão continuar usando a versão atual do TikTok até março de 2026, mas, após esse período, será obrigatório baixar o novo app. O prazo pode ser alterado conforme as negociações avancem, segundo as reportagens.

Pressão política e negociações com a China

O ex-presidente Joe Biden havia sancionado a lei que exigia a venda ou banimento do TikTok, citando riscos à segurança nacional e possível uso de dados por parte do governo chinês. Desde então, a medida passou por sucessivos adiamentos. O atual presidente, Donald Trump, estendeu o prazo final para 17 de setembro.

Na última semana, Trump afirmou que um grupo de investidores “muito ricos” já estaria pronto para comprar o TikTok, e que divulgará seus nomes em breve. O republicano também reconheceu que o acordo dependerá da aprovação do governo chinês, mas disse acreditar que o presidente Xi Jinping deve aceitá-lo.

A ByteDance e o TikTok negam qualquer compartilhamento de dados com o governo chinês, mas enfrentam crescente desconfiança de parlamentares dos dois partidos nos EUA, além de medidas similares em outros países ocidentais.

Hoje, mais de 170 milhões de americanos usam o TikTok, número que inclui cerca de 7,5 milhões de empresas que dependem da plataforma para publicidade e vendas. Em nota, a empresa agradeceu “a liderança do presidente Trump” por garantir a continuidade do serviço durante o período de transição.

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