29 de maio de 2025 às 20:48
Um grupo de pesquisadores do Projeto Mangues da Amazônia usa genética de ponta para reflorestar a maior faixa contínua de manguezal do mundo.
A iniciativa inovadora mapeia a variabilidade genética — a diversidade de versões de genes dentro de espécies nativas — para melhorar a recuperação de áreas degradadas desse ecossistema na região amazônica.
O objetivo é selecionar sementes com maior diversidade genética, o que aumenta a resistência das árvores a alterações ambientais e impactos climáticos.
A tecnologia, aplicada desde 2021 no Pará, destaca-se por integrar comunidades locais que dependem dos manguezais para seu sustento, além de unir ciência avançada e saberes tradicionais.
As sementes, antes coletadas de forma aleatória, agora são escolhidas conforme as áreas que apresentam maior riqueza genética, o que potencializa o sucesso do reflorestamento.
Essa estratégia resulta em árvores mais produtivas e resilientes, beneficiando o estoque de carbono e a fauna local, como o caranguejo-uçá, exemplifica Fernandes.