ESG

Novo programa do Piauí quer gerar 20 milhões de créditos de carbono até 2030 e frear desmatamento

Sofia Schuck

10 de julho de 2025 às 15:59

John Khuansuwan/Freepik

O Piauí, estado da região do Matopiba conhecida por estar dentro do arco do desmatamento, deu um passo para conter a devastação florestal e lançou um programa para gerar 20 milhões de créditos de carbono até 2030 por meio de políticas públicas efetivas.

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O plano? Comercializar para empresas e países que buscam cumprir suas metas de redução de emissões. A iniciativa segue o exemplo de outros projetos pioneiros recentes implementados no Pará e Tocantins, com o Brasil no centro das atenções globais por sediar a COP30.

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Segundo o último levantamento do Mapbiomas referente a 2024, o Cerrado é o bioma que lidera em área desmatada, respondendo por 52,5% (652.197 hectares) e o Piauí está em alerta crítico junto com Maranhão, Tocantins e Bahia.

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Por outro lado, o governo do Piauí celebrou um recuo de 12% no ano passado e agora visa reduzir mais 10% até o final de 2025 com o novo programa dentro do mercado de carbono.

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O acordo foi firmado com a companhia suíça Mercuria, que prevê investir entre R$ 10 a R$ 20 milhões por meio do seu fundo Silvania voltado a financiar soluções climáticas, e uma parceria com a Systemica para apoio técnico e estruturação.

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O governo ressaltou que os créditos gerados por estados são conhecidos como REDD+ jurisdicionais e envolvem ações de preservação florestal em todo seu território, não se limitando a áreas específicas ou delimitadas. Este selo é um dos mais rigorosos do mercado voluntário

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Segundo o governador, Rafael Fonteles, o acordo representa um passo importante no combate à crise climática. "Não apenas protegeremos nossas florestas, mas também criaremos oportunidades sustentáveis para nossas comunidades”, destacou em nota.

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No caso do Pará, sede da COP30, o anúncio foi realizado em setembro do ano passado durante a Semana do Clima de Nova York e prevê a venda de 12 milhões de créditos de carbono. A quantia, comercializada a US$ 15 por tonelada, se tornou o maior contrato de comercialização de CO2.

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Na semana passada, o Brasil também conquistou uma posição de destaque ao emitir os primeiros créditos por agricultura regenerativa nas Américas.

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