ESG

ONG instala primeira clínica odontológica em aldeia indígena do mundo

Letícia Ozório

22 de abril de 2025 às 16:39

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A ONG Doutores da Amazônia inaugura no próximo sábado, 26, a primeira clínica odontológica do mundo construída dentro de uma aldeia indígena.

Bojan89/Thinkstock

Localizada na aldeia Rio Silveira, em Bertioga, litoral paulista, a clínica atenderá gratuitamente cerca de mil indígenas do povo Guarani, que, até então, não tinham acesso a tratamentos odontológicos especializados recorrentes.

A ação é pioneira e representa um avanço significativo no atendimento à saúde bucal para as comunidades indígenas do Brasil, fator muitas vezes esquecido no cuidado da saúde da população.

Leandro Fonseca/Exame

O projeto atuará sem fins lucrativos e tem como objetivo garantir acesso contínuo a tratamentos odontológicos, desde os mais simples até os de maior complexidade, sem a necessidade de deslocamento até centros urbanos distantes.

LuckyBusiness/Thinkstock

A clínica foi construída com o apoio da empresa Dentsply Sirona, fabricante de insumos de saúde odontológica, que forneceu os insumos necessários para os atendimentos odontológicos.

A ONG Doutores da Amazônia tem um histórico de sucesso em levar saúde às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

Leandro Fonseca/Exame

Em 2023, a organização uniu esforços com o Governo do Amapá para levar serviços médicos e odontológicos para o povo indígena Wajãpi, conhecido como "guardiões da floresta", na região oeste do estado.

Andressa Anholete/Getty Images

A ação "Mais Sorrisos" atendeu mais de 40 mil indígenas, com 3.261 atendimentos médicos em diversas especialidades, incluindo odontologia, pediatria, oftalmologia e ginecologia.

Leandro Fonseca/Exame

Ao todo, 1.087 indígenas foram atendidos, com destaque para os 530 atendimentos odontológicos e os 2.879 procedimentos realizados.

A saúde dos povos indígenas no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente nas comunidades remotas.

Fernando Frazão/Agência Brasil

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no último ano, seis em cada dez indígenas que vivem em zonas urbanas convivem com pelo menos uma doença crônica.

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