ESG

Zurich lança plataforma que mapeia riscos climáticos até 2100 — e quer evitar prejuízos bilionários

Sofia Schuck

10 de julho de 2025 às 15:50

Nelson ALMEIDA/AFP Photo

Se antes os riscos climáticos eram vistos pelos negócios como algo distante, hoje os eventos extremos batem cada vez mais na porta e o setor já entende seus impactos em toda cadeia produtiva e nas comunidades onde atua.

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Em meio à crise do clima, se tornar mais resiliente virou sinônimo de estratégia e evita perdas bilionárias a curto e longo prazo. Não à toa, é considerada o principal risco para a próxima década, segundo o Fórum Econômico Mundial.

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Estudos recentes refletem este cenário desafiador: os desastres ambientais geraram prejuízos superiores a R$ 732 bilhões entre 2013 e 2024. No Brasil, somente as enchentes históricas no Rio Grande do Sul levaram a um rombo superior a R$ 70 bilhões.

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Em 2024, o mundo perdeu US$ 402 bilhões e uma pequena parcela de US$ 72 bilhões foi coberta por seguros, o que evidencia uma lacuna de proteção. Até 2100, a crise climática pode reduzir em até US$ 43 trilhões o valor de ativos globais e reduzir o PIB global em 22%.

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Pensando em ajudar governos e empresas a se prepararem diante dos efeitos mais severos do clima, a seguradora Zurich lançou uma plataforma digital que avalia riscos associados aos eventos extremos considerando um cenário de até 2,5ºC de aquecimento projetado pelo IPCC.

/EFE

A ideia surgiu logo após o pior desastre climático da história do Brasil: as enchentes no Rio Grande do Sul e veio a partir da demanda de uma empresa multinacional. Atualmente, já são 196 operações no mundo.

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"Na nossa visão, resiliência não é apenas responder a desastres, mas antecipá-los", disse Tiago Santana, superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich Seguros, em entrevista à EXAME.

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Batizada de Climate Spotlight Core, a nova solução oferece uma análise detalhada da exposição de diferentes locais a 12 tipos de risco: precipitação, alagamento, granizo, vendaval, ondas de calor, frio, secas, queimadas, ressaca, aumento do nível do mar, terremoto e tornados.

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Com a COP30 se aproximando e o Brasil no centro dos holofotes, a resiliência climática ganha ainda mais relevância e cresce a expectativa que o mundo avance em agendas concretas de adaptação e prevenção.

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