Mercado Imobiliário

Ele projetou a nova sede da Amazon vendo o que ninguém via — e criou uma vantagem competitiva

Letícia Furlan

10 de julho de 2025 às 10:04

Julio Gomes/Exame

O Biosquare promete ser um dos edifícios corporativos mais falados dos próximos anos. E pasme: ele não está na avenida Faria Lima.

G.D8/Divulgação

Trata-se um empreendimento localizado em uma região próxima, na Avenida Rebouças, em Pinheiros. Tem 25 andares, lajes de 2,6 mil metros quadrados e mais de 39,2 mil metros quadrados de área locável. Será entregue no primeiro trimestre de 2026. 

G.D8/Divulgação

Os seis primeiros andares serão destinados a estacionamento. Do sétimo ao vigésimo quinto andar, um ilustre inquilino: a Amazon, apurou EXAME. Fato esse que não é negado, nem confirmado por Daniel Ribeiro, CEO da incorporadora G.D8, a cabeça por trás do mega empreendimento.

Germano Lüders/Exame

Depois de um longo caminho, que começou em 2018, o Biosquare vai ser o primeiro empreendimento corporativo deste porte na região da Rebouças. E, a depender de Ribeiro, ele deve continuar sendo o único por um bom tempo.

“Nem que eu quisesse eu faria mais um Biosquare na Rebouças. Formar uma superior a 2 mil metros quadrados não é fácil. Tanto que apostei nisso sabendo que ninguém mais conseguiria fazer, pois estaríamos navegando sozinhos por lá", explica.

"Enquanto todos brigam por uma laje de mil metros quadrados, eu preferi demorar mais para chegar a um patamar onde ninguém ainda chegou. Se o inquilino quiser sair de lá, ele não vai ter uma segunda opção", complementa.

Leandro Fonseca/Exame

Para Daniel Ribeiro, muitos empresários se confundiram com os sinais dados pela pandemia da covid-19, o que deu a ele uma vantagem competitiva.

“O mercado achou que não haveria mais escritórios corporativos, que o trabalho remoto tinha vindo para ficar. O que não aconteceu”, afirma.

/AFP

Em meados de 2020, com o mundo inteiro recluso, Ribeiro realizou um estudo de observação nos mercados de outros países, como dos Estados Unidos. Nisso, chegou ao caso do Google, que trocou Wall Street pelo Terminal St. John’s, região próxima ao bairro novaiorquino SoHo.

“Achei a confirmação da tese de que empresas mais modernas, sobretudo as de tecnologia, vão continuar com seus escritórios, mas vão buscar locais mais acessíveis para os funcionários, sobretudo próximos ao metrô", afirma.

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